Degustação de Tintos de 1972
Em 29/04/2016, os amigos Candinho, Frugis, Ibrahim, Rique e Rodrigo organizaram uma degustação especial no Varanda Grill, onde fui um dos sortudos convidados. O painel continha 8 tintos do ano de nascimento de nossos amigos, o de 1972. O resultado da prova e as minhas avaliações foram as seguintes:
Vinhos Notas JOA
1º Grange Hermitage Shiraz 1972, Penfolds -
com 4 votos de 1º 93,5
2º Vega Sicilia Único 1972 - com 1 voto de 1º 92,5
3º Château Musar 1972 - com 2 votos de 1º 90
4º Volnay 1972, B. Vaudoisey-Mutin 93
5º Velho do Museu 1972 (Serra Gaúcha) -
com 1 voto de 1º 92
6º Château Pape-Clément 1972 91
7º Château Lafite-Rothschild 1972 90,5
8º Château Mouton-Rothschild 1972 sem nota, estava passado
Comentários: Como em todas as degustações, tiramos várias conclusões sobre a mesma. A primeira delas: Grange e Vega Sicilia são sempre vinhos de primeira grandeza mundial. Outra: o Château Musar libanês, apesar de não tão badalado, sempre surpreende pela sua alta qualidade (sendo, que dessa vez para mim não foi). Outra: a região de Bordeaux costuma nos entregar vinhos tintos magníficos; mas não em safras menores dessa região, como a de 1972. Infelizmente, foram os vinhos menos apreciados do painel. Mas para muitos (não para mim que já o conheço de longa data), o Velho do Museu representou a maior surpresa de toda a prova. Não só pela sua brilhante performance, porém, mais surprendentemente ainda, por sua incrível longevidade. Ninguém imaginava que um tinto da Serra Gaúcha, de uma mescla de Cabernet Franc e Merlot com 44 anos de idade se mostrasse inteiro, elegante, equilibrado e prazeroso. Este grande vinho deveria servir de exemplo para os enólogos mais jovens de nosso país!
P.S.: Acredito que as vinícolas da Serra Gaúcha deveriam se concentrar mais nos dois produtos de maior vocação dessa região: os espumantes brutos e os tintos de Merlot, Cabernet Franc e cortes das duas.