Importações Brasileiras de Vinhos em 2016

22/03/2017 00:00

Baseado no DECEX (orgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a UVIBRA – União Brasileira de Vitivinicultura elaborou dois quadros, retratando a importação brasileira de vinhos e de espumantes, em 2016. À seguir, apresento uma tabela unificada de vinhos e espumantes, mostrando os volumes importados, por país, no referido ano:

 

País                                       Volume (mil litros)       %

1º Chile                                  43.518,7                       47,2

2º Argentina                          14.456,5                        15,7

3º Portugal                            10.938,8                        11,9

4º Itália                                   9.027,6                         9,8

5º França                               5.003,0                         5,4

6º Espanha                            4.824,2                         5,2

7º Uruguai                             2.223,6                         2,4

8º Estados Unidos                   738,2                          0,8

9º África do Sul                       586,2                          0,6

10º Austrália                           498,5                          0,5

11º Alemanha                         161,8                          0,2

12º Grécia                                 6,7                           0,01

Outros                                    126,2                          0,1

Total                                     92.137,7

 

Como por ser visto, 62,9% do volume importado de vinhos importados originou-se do Chile e da Argentina. A presença dos vinhos chilenos na pauta de nossas importações, vem crescendo paulatinamente, ano a ano, como por ser visto nessa progressão: 28,6% (2004), 29,3% (2005), 29,9% (2006), 31,0% (2007), 32,4% (2008), 38,1% (2009), 35,2% (2010), 34,4% (2011), 38,2% (2012), 39,3% (2013), 43,8% (2014), 45,1% (2015) e 47,2% (2016). Em contrapartida, a participação dos vinhos argentinos está anualmente em queda, como pode ser visto nessa outra progressão: 28,5% (2004 e 2005), 26,8% (2006), 26,6% (2007 e 2008), 25,0% (2009), 24,0% (2010), 22,8% (2011), 19,6% (2012), 18,6% (2013), 17,5% (2014), 15,8% (2015) e 15,7% (2016). Curioso é que em 2004, Chile e Argentina estavam virtualmente empatados no 1º posto, com 28,6% e 28,5%, respectivamente.

Outra importante análise que pode ser feita, é o fato que o Chile, primeiro colocado (47,2%), tem uma participação quase idêntica do que os segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto colocados juntos - Argentina, Portugal, Itália, França e Espanha (48,0%). Portugal e Itália, vêm se alternando nas 3ª e 4ª posições, há vários anos. Ao longo destes últimos anos, a França vem aumentado de participação numa taxa menor do que aquela da Espanha, prenunciando que em breve essa última possa assumir o 5º posto.

Houve um sensível aumento de 12,6% no volume total importado em relação a 2015 e um incremento de 13,4% em relação a 2014, cujas entradas montaram a 81.791,4 e 81.227,7 mil litros, respectivamente.

Considerando que a produção nacional de vinhos finos (de uvas Vitis vinifera) e espumantes foi de apenas 36.072,0 mil litros (28,1%) e o importado de 92.137,7 mil litros (71,9%), o total geral de vinhos finos e espumantes disponíveis para comercialização, em 2016, foi de 128.210,5 mil litros.


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