Regiões Produtoras
O rebanho ovino brasileiro, em 31/12/2011, montava a 17.662.201 cabeças. Os estados mais representativos foram: Rio Grande do Sul (4 milhões de cabeça ou 22,6%), Bahia (17,4%), Ceará (12,1%), Pernambuco (10,5%) e Piauí (7,9%).
Entretanto, exceptuando-se o Rio Grande do Sul, todos os demais estados produtores de leite ovino para queijos finos, possuem plantéis mais modestos, tais como: Paraná (3,6%), São Paulo (2,6%), Santa Catarina (1,7%), Minas Gerais (1,3%) e Rio de Janeiro (0,3%).
Segundo uma estimativa da ABCOL - Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Leiteiros, com sede em Chapecó, no Oeste Catarinense, o país tem 6 mil ovinos aptos a produzir leite. Deste total, cerca de 2,8 mil estão em Santa Catarina, 1,5 mil no Rio Grande do Sul e os demais distribuídos por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
No Sul e Sudeste existem iniciativas de produção de leite de ovelhas, beneficiado como queijos diversos e iogurte, em laticínios com registro nos Sistemas de Inspeção Federal, Estadual e Municipal, e mesmo em produções artesanais destes derivados.
RIO GRANDE DO SUL
Em 1992, os primeiros ovinos com aptidão leiteira, de raça Lacaune, foram importados da França para o Brasil. O pioneiro foi a Cabanha Dedo Verde, do grupo Confer Alimentos, detentora do laticínio que comercializa a marca Lacaune, sediada em Viamão-RS.
Esta cabanha, desde aquela época, vem sendo a fonte de difusão desta raça para todo o Sul e Sudeste do Brasil.
O segundo laticínio ovino a vingar no estado foi a Casa da Ovelha de Bento Gonçalves-RS.
Contudo, outros empreendimentos não foram realizados, fazendo com que o Rio Grande do Sul tenha perdido sua liderança para Santa Catarina. Este estado começou a investir somente há cerca de 7 anos, mas já possui o maior rebanho ovino leiteiro do Brasil.
Atualmente, os maiores rebanhos de ovelha continuam no Sul do Estado, na Campanha Gaúcha, porém voltados para carne e pele.
SANTA CATARINA
Em 2006, Érico Tormen, o primeiro presidente da ABCOL - Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos de Raças Leiteiras, importou do Rio Grande do Sul para o Oeste Catarinense, um rebanho de ovinos da raça Lacaune. Este empresário pioneiro, proprietário da Cabanha Chapecó, foi um dos responsáveis por transformar Santa Catarina no maior produtor de leite de ovelha do país, com estimados 200 mil litros por ano, o que representa cerca de 40% da produção nacional, segundo dados da ABCOL.
Em 2010, foi criada a ABCOL - Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos Leiteiros, sediada em Chapecó, no Oeste Catarinense, região que detem os maiores rebanhos ovinos do estado.
Atualmente, a Cabanha Chapecó possui aproximadamente 800 ovelhas adultas, das raças Lacaune e East Friesian ou Milchschaf (de origem alemã), vendendo parte do seu leite ao laticínio Gran Paladare.
SÃO PAULO
Este estado, está iniciando-se na produção comercial de queijo de ovelha, apesar de ser um dos maiores centros consumidores brasileiros deste produto.
RIO DE JANEIRO
As pastagens ovinas situam-se em terras altas fluminenses, nas encostas da Serra da Mantiqueira.
MINAS GERAIS
Este estado já dispoẽm de alguns laticínios localizados em sítios de altitude nas mesorregiões meridionais, MES-10 do Sul e Sudoeste de Minas (na Serra da Mantiqueira) e MES-09 do Oeste de Minas.
O MERCADO
Quase todos estes queijos acima, por serem produzidos na parte meridional do país, podem ser adquiridos em supermercados e lojas especializadas das regiões Sudeste e Sul. Três queijarias especializadas, que estão despontando são as seguintes:
- Mercearia Mestre Queijeiro, loja paulistana de Bruno Cabral, www.mestrequeijeiro.com.br: vende o Serra da Estrela da Quinta da Pena e Queijo de Ovelha Maturado da Gran Paladare;
- A Queijaria, loja paulistana de Fernando Oliveira, www.aqueijaria.com.br: ainda não disponíveis.
- Casa Carandaí, no Rio de Janeiro-RJ, www.casacarandai.com.br: vende queijos da Quinta da Pena.